Em dezembro de 2019 foi identificada a doença provocada pelo COVID-19 e, em janeiro de 2020 a World Health Organization (WHO, 2020) declarou como uma emergência de saúde publica. Essa crise gerou um grande estresse da população e um agravamento da saúde mental. As pandemias geram um forte impacto social, econômico e político (Sobral & Lima, 2018).
Alguns dos estressores da quarentena foram a necessidade de se isolar de amigos e família, incerteza de quando isso iria acabar, o tédio, o medo, a ansiedade perante o que ia acontecer e consequentemente, o estresse que isso gerou na população. Em alguns estudos realizados em situações de pandemia, como a COVID-19, constatou que alguns transtornos mentais comuns foram desencadeados pela quarentena, como por exemplo, a ansiedade (Barari et al., 2020; Lima et al., 2020), a depressão e o aumento do comportamento suicida.
Foi nessa época também que o aumento pela procura de psicoterapia on-line aumentou, promovendo uma forma de cuidar da saúde mental em casa ou da onde estiver. Mesmo dois anos depois do início da pandemia, a psicoterapia on-line continua com força, sendo uma forma de fortalecer vínculos e a inclusão social (Souza & Feijó, 2020). É importante fortalecer as pessoas que procuram a psicologia para manifestar seus medos, angústias, necessidades, vontades pois, além de fragilizadas, se encontram distantes ou em conflito, o que causa sofrimento (Moré, 2005; Silva, Moura & Zugman, 2015; Amato, Ronzani & Noto, 2015).
O trabalho do psicólogo, on-line ou presencial, consiste em se construir novas possibilidades de se viver e se relacionar com as pessoas. É um trabalho de questionar, fomentar reflexões internas que irão possibilitar mudanças de sentimentos, comportamento, relação com as pessoas e de visão do mundo (Oliari, 2020). O atendimento psicológico é uma oportunidade de olhar para si, não tenha medo de buscar ajuda.
Referências:
Amato, T. C., Ronzani, T. M., & Noto, A. R. (2015). Resiliência: contribuições das evidências científicas para a construção do conceito. In E. A. Silva, Y. M. Moura &, D. K. Zugman (Orgs.), Vulnerabilidades, Resiliência, Redes, uso, abuso e dependência de drogas (pp. 171-180). São Paulo, SP: Red.
Souza, L. R., & Feijó, M. R. (2020). Orientação Profissional para Reinserção Social de Pessoas em Tratamento para Dependência de Substâncias Psicoativas. Revista de Extensão da UNIVASF, 8(1), 54-73. Recuperado de https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/extramuros/article/view/1040/761.
Oliari, A. L. T. (2020). Aconselhamento: Construindo relacionamentos significativos (2a ed.). Curitiba, PR: Eden.
OLIARI, A. L. T.; FEIJÓ, M. R. Terapia online e fortalecimento de vínculos em tempos de pandemia. CadernoS de PsicologiaS, Curitiba, n. 1, 2020. Disponível em: https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/terapia-online-e-fortalecimento-de-vinculos-em-tempos-de-pandemia
World Health Organization. (2020). Coronavirus disease 2019 (COVID-19): situation report – 78. Geneva: Author . Retrieved from http://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200407-sitrep-78-covid-19.pdf?sfvrsn=bc43e1b_2
Sobral, J. M., & Lima, M. L. (2018). A epidemia da pneumónica em Portugal no seu tempo histórico. Ler História, 73, 45-66. http://dx.doi.org/lerhistoria.4036
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